Consertar os afetos é não deixar mais se afetar.
Nós somos uma instância de luta e de proteção da própria potência
O suicídio é uma forma muito particular de legítima defesa da representação de si.
É a forma de proteger a qualquer preço a fonte mais sincera de todas as nossas alegrias.
No afã de proteger aquilo que eu sempre acreditei ser
No afã de proteger aquilo que você sempre acreditou que eu sou
No afã de proteger o eu simbólico e a definição que sempre dei de mim
Eu mato o corpo que desmente a minha definição
Esse corpo que me faz desejar o que não está previsto
Esse corpo que me faz amar o que não está previsto
Esse corpo que me faz deixar de amar o que não está previsto
E é por isso que eu, entre ter que enfrentar uma redefinição falsa de mim, social e pessoal,
Eu prefiro matar o corpo.
Ao nos aproximarmos da morte, perdem-se todas as esperanças. Nesse momento temos a mais clara percepção de que devemos viver de acordo com as nossas próprias convicções pois já não importa mais. E vivemos a vida como ela é.
Neste momento nos tornamos insuportavelmente arrogantes e intolerantes por que aquele instante não há de voltar, então, não teremos do que nos arrepender.
Em nenhum lugar encontro paz
Estou sempre em conflito
comigo
Sento-me
Deito-me
Tudo está em meus pensamentos.
(BENJAMIN, 1984, p.161).
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