As profundezas de mim
o escuro lago verde
cheio de algas e lodo
borbulhou
no espelho da desgraça
deus se manifestou
pude sentir o odor fétido
de toda a sua arrogância
lá vem o ar frio desta imensa solidão
meu corpo vibrava
gerando ondas densas
de sentimentos sem nomes
de crises sem amor
ele se apossou de mim
tirou as rédeas
da minha propria vontade
ele fez casa nos meus braços
eu estou embriagada de abandono
o amor, tão desordeiro
não quis poupar
o amor, esse vilão
roubou-me de mim
fez corda e violão
fez sanfona, acordeão
a angústia e a esperança
sufocando-me astutamente
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